Abhinavagupta & o Florescimento do Shaivismo Trika
sendo:
Tantra Vidyá
. segunda parte .
Por:
Anuttara Kápilanáth Kuláchárya
Tantra Vidyá
. segunda parte .
Por:
Anuttara Kápilanáth Kuláchárya
NA ÍNDIA, a região da Caxemira sempre fora considerada a “rota da seda” da espiritualidade, e por volta dos primeiros séculos da era moderna já havia muitos grupos de origem shaiva, shakta e vaishnava na região, com alguma predominância das tradições tântricas de origem Kaula.
As Escolas Kaulas[1] que originalmente surgiram na região da Caxemira tiveram suas raízes em várias tradições, principalmente a tradição Bhairavatantra, cuja orientação era shaiva, de postura advaita, e de concepção ritualística orientada ao culto feminino, tal como a maioria das tradições shaktas.
Foi por volta do Sécs. VII e X d.C. que surgiram na Caxemira duas importantes tradições, não somente na região da Caxemira, mas em todo o universo religioso e filosófico das tradições espirituais da Índia. Eu me refiro as Escolas Krama e Trika.
A fundação da Escola Krama é atribuída a um adepto nátha-siddha de linhagem shakta – cujo culto era voltado a Deusa Kálí – conhecido como Shivanandanáth. A palavra krama literalmente significa ‘fluxo’, ‘curso’, ‘progresso’, ‘passo a passo’, ‘sucessão’. O termo é compreendido como um processo interior de auto-realização pelo qual o devoto descobre sua identidade com a deusa pelo fluxo (krama) dos poderes da consciência (shakti-cidrúpiní). Os rituais desta tradição são mantidos em segredo (rahasya-vidhy) e somente são revelados aos iniciados, embora o objetivo seja sempre estabelecer a identidade da deusa, que é o aspecto feminino do poder divino entronizado no coração de todas as criaturas. A doutrina secreta (kulártha) desta tradição é transmitida pela gurují diretamente a seus discípulos. A transmissão do poder se dá através do maithuna, cuja liturgia envolve a mistura das secreções sexuais do homem e da mulher, que são repartidos boca a boca. Este rito é conhecido como A Boca da Yoginí.
Em certos Ágamas desta escola, é a Deusa quem precede os ensinamentos respondendo as indagações de Shiva. Todas as funções de Shiva – criação, conservação, dissolução, estado inefável, liberdade – assim como todos os seus aspectos – consciência, felicidade, vontade, conhecimento, ação etc. – são transferidos a Shakti. É Ela quem vomita o universo e o absorve no fim de cada praláya. É Ela quem transforma a sucessão temporal dolorosa no tempo absoluto, indiviso e imutável. Como os Kaulas, os adeptos da escola Krama se reúnem secretamente para os “grandes banquetes” nos quais a união sexual é consumada de forma ritualística. Ao contrário dos métodos inspirados pela ciência do Hatha Yoga, baseados no sistemático esforço extremo, a ênfase se dá na espontaneidade, à verdade natural de cada indivíduo, a perfeição inata que simplesmente se trata de reconhecer e restaurar o Ser em sua corrente vibracional apropriada.
Nesta Escola existem especulações grandiosas sobre o Cosmos comparado a uma gigantesca roda, homogênea e perfeita, cujo núcleo é a Consciência Divina, o coração universal a partir do qual irradiam as energias da manifestação. Esta roda gira sem cessar, tão rápido que parece imóvel. Situado no ponto central, Shrí Má Deví desperta e dirige o movimento; a Deusa projeta o Universo e Shiva o reabsorve.
A Tradição Krama forma profundamente influenciada pela doutrina de esquerda (vámácára) da Escola Kaula, como é evidenciado pelos elementos ritualísticos que envolvem o ritual denominado pañchamakára, i.e. o consumo de carne (mámsa), vinho (madya), a cópula sexual orientada (maithuna), grãos tostados (mudrá) e peixe (matsya), além de outros rituais.
De todos os elementos ou upácaras listados acima para prática do pañchamakára, o mais importante é o maithuna. O Ritual de Maithuna reverencia a experiência cósmica da criação quando este momento mágico é revivido nos corpos físicos (microcosmos), do homem e da mulher de forma que as energias sutis (pránavrttis) e os fluídos da vida (amrita), possam ser gerados e absorvidos pelos participantes, que desempenham os papeis de Shiva – a consciência estática e sua consorte Shakti – a consciência dinâmica.
O ritual é uma “ação de sacrifício” na qual cada um deve buscar dar prazer ao outro como forma de deleite. O ritual nos ensina o caminho da ação desinteressada, mostrando que devemos dominar os sentidos com uso dos sentidos, aprendendo que dar prazer ao outro é agir de maneira desinteressada ou sem apego aos frutos da ação. Não se busca o prazer para si mesmo, busca-se dar amor e prazer ao outro como uma forma de reviver “o toque inicial” quando Shiva sob a Shakti “estimulou” Nela o poder da feminilidade criativa. No ritual o deleite de cada um é devido ao prazer dado ao outro.
Por meio de seus rituais secretos (rahasya-vidhi) direcionados ao culto a feminilidade conectados a Deusa Kálí, a Tradição Krama assumiu um importante papel entre as tradições tântricas, tanto shaivas quanto shaktas, como um caminho de autoconhecimento e transcendência voltado a união com a Shakti, a Divindade Absoluta.
A Tradição Trika foi revitalizada por Abhinavagupta (975 a 1025 d.C.), um dos maiores sábios da Índia, e venerado por muitos como um mensageiro divino, ao lado de mestres do calibre de Shankaráchárya, Matsyendranáth, Gorakshnáth e muitos outros.
Abhinavagupta foi um dos mais notáveis ácháryas da filosofia shaiva. A partir de referências em seus Tantráloka e Parátrishiká Vivarana, ele viveu na Caxemira nos Sécs. X & XI d.C. Um de seus antepassados mais remotos foi um famoso bráhmane, Attrigupta, que viveu em Autarvedi, antigo nome da região situada entre o Ganga e Yamuna. Attrigupta, um grande preceptor shaiva, foi convidado pelo rei Lalitáditya, que reinou no Séc. VIII d.C. a se estabelecer na Caxemira. Para seu estabelecimento, uma espaçosa casa foi construída por ordens do rei nas margens do Jhelum (Vitasta). Muitas gerações depois Attrigupta, um dos seus descendentes, Varáhagupta, tornou-se um grande estudioso da filosofia shaiva. Seu filho, Narasimhagupta, também conhecido como Chukhala, pai de Abhinavagupta, tornou-se também um grande preceptor shaiva.
A fama de Abhinavagupta como mestre e expositor de uma nova “teologia e alquimia”, assim como uma nova forma de culto, se espalhou rapidamente e ao seu redor se aglutinaram devotos de toda espécie, entre parentes e amigos próximos.
Seu clã (gotra) incluía inúmeras mulheres que possuíam um importante papel nas atividades do grupo, o que era pouco comum nas religiões e cultos daquela época. Sua irmã, Vatsaliká, tinha muitos parentes por parte do marido, e ao seu convite ele foi morar na casa de um deles, em uma aldeia nos arredores de Pravarapúra, atual Shrinágar, onde durante um longo retiro compôs sua mais importante e monumental obra, o Tantráloka ou Luz sobre os Tantras.
Entre seus principais discípulos havia um de seus irmãos, Manoratha, e um cunhado cujo nome era Karna, casado com sua irmã Ambá. Um dos primos de Karna, de nome Kshemarája, tornou-se um de seus maiores discípulos e um grande expositor da Tradição Trika,[2] ao lado de outros discípulos importantes, como Upaladeva, Bhaskára, Sománanda, Kallata e Krshnadása.
O trabalho de Abhinavagupta na exposição da Tradição Trika representa o clímax de toda uma obra, que teve início entre os Sécs. VIII e IX d.C., quando o sábio Vasugptáchárya recebeu diretamente do Senhor Shiva – durante um sonho – a ordem para ir à montanha Mahádeva e lá copiar uma escritura sagrada grafada na pedra, que posteriormente seria denominada Shiva-Sútras:[3]
Na montanha Mahádeva estão às doutrinas secretas inscritas em uma pedra. Recolhe deste lugar estas escrituras e ensine àqueles que merecem esta graça.[4]
Após acordar, Vasuguptáchárya foi até a montanha, e ao tocar na pedra – chamada shamkaropala –, estes ensinamentos se revelaram. A pedra ainda se encontra na montanha, mas as inscrições não são mais visíveis aos olhos humanos, pois quando ele as memorizou elas desapareceram.
O Shiva-Sútras é o principal texto para as tradições que compõem o Shaivismo da Caxemira. Certamente, é um dos grandes textos espirituais da Índia.
As raízes históricas da Tradição Trika estão explícitas na reforma e síntese feita por Abhinavagupta que deu origem a um complexo conjunto de tradições, orientadas em direção ao princípio feminino, com rituais esotéricos de magia e poder: a Tradição Mantramárga deu origem às Tradições Shaivasiddhánta e Bhairava; esta última originou as Tradições Mantrapítha e Vidyápitha; esta deu origem as Tradições Yámala e Shakti Tantra, originando assim várias tradições de cunho shakta, entre as quais temos a Trika e Kálí Tantra ou Krama.
Esse direcionamento ao divino levou as Tradições Trika e Krama ao culto das yoginís, e esta forma de culto fora anteriormente o embrião que formulou a Tradição Kula,[5] que, segundo Abhinavagupta, é uma linhagem preceptoria iniciada por Macchanda, da cidade de Kámarúpa na região de Assam.[6]
Abhinavgupta (975 a 1025 d.C.) ensinando seus discípulos
Abhinavagupta estabelece uma distinção entre os adeptos da Tradição Kula e da Tradição Kaula. Ele enfatiza que os primeiros são formados por clãs de ascetas próximos aos Kápálikas, e tal como estes vivem ao largo da sociedade, como mendicantes, habitando os locais de cremação. Kaula é uma tradição “urbanizada”, acessível aos “chefes de família”, ou às pessoas que vivem na sociedade.
[7]
Por outro lado, a “reforma” efetuada por Abhinavagupta urbanizando o Kula, tornou a Tradição Kaula aberta ao culto das yoginís, fazendo com que os kaulamárgis (ou kaulikas) passassem a enfatizar o aspecto mais interno do ritual, o que possibilitou que eles vivenciassem as mesmas experiências dos Kápálikas (como Kulas), mas de maneira urbana e educada no interior de suas casas. Desta forma, os rituais das yoginís e dos Kápálikas foram transformados em um culto doméstico, e seus ritos externos que antes eram efetuados nos locais de cremação foram abandonados como supérfluos.
Portanto, a Tradição Trika, conforme a síntese efetuada por Abhinavagupta, absorveu elementos de várias tradições anteriores ao seu tempo, entre os quais são identificados aspectos teológicos e cosmológicos do período de Shivagupta, além de ritos das Tradições dos Páshupatas, Kulas, Kaulas, Krama e da própria Tradição Trika, de um período anterior à sua época.
Abhinavagupta concebeu que a Tradição Trika passava assim a complementar a Tradição Kaula “como uma de suas mais delicadas e finas flores”.
A palavra Trika significa “três”, “trindade” ou “triplo”, e essa acepção possui algumas derivações, podendo significar uma tríade composta de Shiva, Shakti e Anu;[8] ou Shiva, Shakti e Nara;[9] ou Pará, Apará e Parápará; ou ainda Abheda (não-dual), Bhedabheda (não-dual, dual) e Bheda (dual), entre várias outras concepções.[10] Embora o termo trika tenha se consolidado como a doutrina exposta por Abhinavagupta, ele também é conhecido por várias outras designações, tais como: Trika-Shásana, Trika-Shástra, Trika-Sampradáya, Tryambhaka-Sampradáya,[11] Svátantryaváda, Svátantrya ou Rahasya Sampradáya.[12]
Bibliografia
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Notas
[1] As raízes da tradição Kaula estiveram perdidas até o Séc. XI d.C., quando Abhinavgupta fora iniciado nesta tradição por seu mestre Shambhunáth. Entretanto, segundo ele mesmo afirmou, o primeiro mestre da tradição Kaula foi Sumati, que teria vivido no sul da Índia, provavelmente na região Tamil. Assim, Sumati deu origem a linha preceptória iniciando Somadeva, que por sua vez fora mestre de Shambhunáth, quem iniciou Abhinavgupta em Jalandhara, no Punjab. Estas últimas informações aparecem com alguma imprecisão, principalmente acerca das fundações da tradição Kaula. Em meu artigo, Em Busca das Raízes Tântricas do Hatha Yoga, primeira parte, outras informações importantes são mencionadas, e ao leitor é indicado sua leitura como forma complementar. Alguns textos dizem que Shambhunáth iniciou Abhinavgupta na Caxemira, o que seria mais provável. Outros dizem que esta iniciação ocorreu em Assam. Como um dos maiores mestres da tradição Kaula em seu tempo, Abhinavgupta desenvolveu uma nova forma de tantrismo na região da Caxemira, incorporando a tradição Kaula os ensinos de Shivagupta (Shiva-Sútras) e da tradição Krama.
[2] Kshemarájáchárya escreveu um comentário sobre os versos do Shiva-Sútras chamado Vimarshiní. Segundo alguns historiadores, ele seria primo de Abhinava, filho de um tio materno.
[3] Veja o artigo Shaivismo da Caxemira.
[4] Shiva-Sútras, The Yoga of Supreme Identity (Jaideva Singh), pp. xvi. Motilal Banarsidass, 2006. Esta é uma reimpressão da edição de 1979 da tradução em inglês do Shiva-Sútras Vimarshiní de Kshemarája.
[5] A palavra Kula tem acepção de “família” ou “grupo”, uma referência às yoginís ou “mães”. Em outra acepção, conectada a cosmogonia tântrica, Kula é o princípio cósmico de poder, o Absoluto, enquanto Akula (i.e. não-kula) significa sua manifestação na forma da Hierarquia Cósmica.
[6] Veja o artigo Em Busca das Raízes Tântricas do Hatha Yoga, primeira parte.
[7] Entretanto, esta distinção não é muito clara, pois algumas vezes os dois termos são usados de maneira indistinta como sinônimos. O próprio Ritual Kaula conforme descrito no Capítulo XXIX do Tantráloka é denominado Ritual Kula.
[8] Lit. “ponto”, no sentido de algo pequeno, o “indivíduo”.
[9] Lit. “homem”, “ser humano”, “indivíduo”.
[10] Idem nota 3.
[11] No último capítulo de seu Tantráloka, Abhinavagupta menciona que dois preceptores estavam qualificados a ensinar o shaivismo: Lakulísha e Shríkantha. O primeiro fora o fundador dos Páshupatas, o segundo deu instruções a três seres perfeitos: Tryambhaka, Ámardaka e Shrínátha. Respectivamente, estes seres perfeitos ensinaram a doutrina shaiva da não-dualidade, dualidade, e não-dualidade com dualidade. A filha de Tryambhaka fundou uma quarta escola identificada como Ardhatryambhaka, que pode ser designada como a Tradição Kaula, chamada de kula-prakriyá por Jayaratha. Enquanto a Tradição Kaula é designada como sendo essencialmente tântrica, Jayaratha, um dos grandes comentadores do Tantráloka que viveu no Séc. XII d.C., sugere uma distinção entre kula-prakriyá e tantra-prakriyá: a primeira está conectada a linha Ardhatryambhaka e a segunda aos ensinamentos não-duais de Tryambhaka.
[12] As palavras shásana e shástra são muito importantes: ambas contêm a raíz shása que significa disciplina. Assim, shásana ou shástra significa técnicas que contém regras para disciplina. Estas palavras na Índia não são disciplinas consideradas como mera exposição intelectual de um sistema em particular. Elas expõem os princípios fundamentais da realidade ao mesmo tempo que lidam com certas regras, certas normas de conduta que devem ser observadas pelos adeptos que estudam e seguem determinadas tradições. Um shástra é um modus operandi, uma filosofia de vida.
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