Maṅgala Stuti – Verso 1
श्रीतन्त्रालोकः
ŚRĪ TANTRĀLOKAḤ
Śrīmadabhinavaguptapādācāryaviracitaḥ
Maṅgala Stuti – Verso 11
विमलकलाश्रयाभिनवसृस्तिमहाजननी
भरिततनुश्च पन्चमुखगुप्तरुप्तरुचिर्जनकः
तदुभययामलस्फुरितभावविर्सगमयं
हृदयमनुत्त्रमृतकुलं मम संस्फुर्तात् ॥१॥
vimalakalāśrayābhinavasṛstimahājananī
bharitatanuśca
pancamukhaguptaruptarucirjanakaḥ
tadubhayayāmalasphuritabhāvavirsagamayaṃ
hṛdayamanuttramṛtakulaṃ mama saṃsphurtāt
||1||
Deixe meu coração pulsar no que é puro, cuja sede pela arte, é criativo
pela união entre Śiva e Śakti. Śakti [mãe Vimalāmbā Devī] que é a criação, o
cosmos e a divina mãe e Śiva [pai Bharitatanu] que, sendo o criador, expande,
mantém e pulsa com Suas cinco bocas, que oferece a bem-aventurança interna e a
expansão externa, cheio de bhāva, visarga2 e anuttara.3
Notas
[1] O verso-semente que
serve como o selo de assinatura e invocação para as obras de Abhinavagupta na
tradição Anuttara Trika Kula. Evocando a imagem divina de Śiva e Śakti,
as camadas de significado poético nesses versos servem para refrescar e voltar
a despertar tanto no falante quanto no ouvinte o estado de consciência de Deus
a partir do qual o Tantrāloka foi composto.
[2] Emanação, criação.
[ 3] O Absoluto, Supremo,
Paramaśiva. Literalmente, aquele que nada é superior a ele.
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